SOL POENTE
É sempre ao sol poente que declina,
Que as sombras dançam com nitidez;
Prazer adocicado que fulmina,
Que nos preenche o silêncio e a mudez.
É no mar que o Astro-Rei adormece,
À espera que a lua brilhe, altaneira;
Quadro de beleza que nos enternece,
E que nos acompanha a vida inteira.
Surge a noite com passos de ternura,
Onde o silêncio se instala, lentamente;
No firmamento para dar brilho á negrura,
Mil estrelas cintilam alegremente.
Com as cabeças coladas ás almofadas,
Sonhamos por instinto, quadros belos;
Contos imaginários como os de fadas,
Tão dóceis, tão puros, tão singelos.
In "Manhãs Inquietas"
Mosaico de Palavras Editora
Jorge Vieira
(N.1952)
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