ROSA CAÍDA
Rosa caída, quem te cortou?
Quem, da haste frágil,
Te lançou ao caminho
E te abandonou?
Quem de ti se esqueceu
E à sede te condenou?
Vem, levanta-te
Ou serás pisada!
Pés distraídos te calcarão!
Vem, levantar-te-ei
E numa jarra com água
Te colocarei.
Da fonte da vida,
Hás-de beber
E cheia de vida,
Te hei-de ver!
O veludo das pétalas,
Emurchecido, há-de renascer,
Tua cor e perfume,
Alegria irão espalhar
E, de novo, te sentirás viver.
Vem, beberás da água,
Sempre a jorrar
E em canteiro mimoso,
Te irei plantar.
Mãos carinhosas te afagarão
E darás vida a um coração!
In “O Livro da Nena” – Fevereiro de 2008
Papiro Editora
Maria Irene Costa
N. 1951
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