TANGENTE
É na tangência
do infinito
que nos podemos tocar,
trazendo no corpo
todas as fantasias
memorizadas;
como se de
um plano
marcado a ferros,
libertássemos
a adrenalina
dos conceitos.
In “Por ti com os meus olhos”
Chiado Editora
Paula Raposo
(N.1954)
QUERO CRER
Quero crer
no dia do teu regresso
quando as palmas das mãos
se voltarem
para mim
no silêncio
incompreensível do teu corpo.
In “O laço impenetrável do silêncio”
Chiado Editora
Paula Raposo
(N.1954)
PARA TI DAQUI
Deixo que me prendas o olhar
em cada beijo que te dou;
um lampejo de sabor a ti,
uma luz que se prolonga em mim.
E eu deixo o olhar prender-se
no regresso à realidade.
Um desencontro ilumina a noite,
e quando a madrugada reaparece
toda a nostalgia chora em sonetos:
és tu que me compões a canção do infinito.
In “O laço impenetrável do silêncio”
Chiado Editora
Paula Raposo
(N.1954)
POR TI...
Damos as mãos, em simultâneo,
nem sequer nos olhamos,
basta o tacto, e esse calor
húmido que me inebria.
Quero sentir-te,
fervilhar no afago da tua mão,
e derreter-me nas mãos do nosso amor.
Não me deixes,
segura-me ainda,
aperta-me, enlouquece-me;
desliza pelo meu corpo
que te espera, entra em mim.
Deixa que eu me entregue
pelo tempo que o tempo dura,
vive por mim, em mim,
o momento de ser tua.
In “Canela e erva doce”
Magna Editora
Paula Raposo
(N.1954)
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