MARIA DO MAR
As artérias do sol longas e finas
tatuaram de iodo e de canela
as linhas do seu rosto de flanela
e os relevos dos vales e das colinas
do corpo errante de navio à vela
saturado de ventos de neblinas
do roxo das distâncias genuínas
de recortes de esboços de aguarela
Nas ânforas dos olhos diluídas
confins planetas horizontes vidas
e aromas a escorrer dos tornozelos
Nuvens de pó nas pálpebras morenas
na alma agreste um ramo de açucenas
e sonhos enrolados nos cabelos
In "Infinito Azul
Ed. Palavra em Mutação
Maria Natália Miranda
N. 1925
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