A JANGADA
Eis a minha Jangada em Mar-Eterno!
As ondas que se amansem pois vou só...
A minh’alma fechada como um nó
Renunciou ao mundo em desgoverno...
Eis-me Navegador ou Marinheiro
E Náufrago por pura vocação!
O mar nunca me nega o meu quinhão
Dos versos que lhe dou a tempo inteiro...
O meu destino é líquido, infinito,
(se não lhe encontro o fim, nunca o terá...)
Perpetuado em raios de luar...
Porque me beija a lua enquanto a fito,
Aquilo que escrevi não morrerá
Enquanto a Lua-Mãe assim me olhar!
In “Poeta Porque Deus Quer”
Autores Editora
Maria João Brito de Sousa
N. 1952
DÚVIDA
O carvão é preto.
Quando arde é vermelho.
Qual é afinal
A cor do carvão?
Minha mãe, de noite
Não entendo nada:
Será que as cores nascem
Só de madrugada?
Minha mãe, quem sabe
Se a voz do amarelo
Não é doce apenas
Na imaginação?
In “Conversa com Versos”
Maria Alberta Menéres
N. 1930
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