INCERTZA
Nem ilusão, nem
vida. De ilusão,
este amor não tem
os sonhos em vão.
E não tem, da vida,
caminho da morte:
sempre de subida,
sem nuvem que importe.
Assim, não acerto
no estado em que ando:
se sonho desperto
se vivo sonhando
In “Poemas Portugueses”
Antologia da Poesia Portuguesa
do Séc. XIII ao Séc. XXI
Porto Editora
Alberto de Serpa
1906 – 1992
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