FLUXO
1.
bater à porta e virmos nós abrir
atravessar os corredores do tempo
redescobrir a casa onde vivemos
em outra incarnação há quantos séculos
o sol na pedra a árvore no pátio
sem folhas no inverno o muro gasto
a pausa do meu ombro no teu hálito
antes da consciência do silêncio
voltar então a mim não há memória
além das coisas onde nos perdemos
não as escutamos já ─ quem as procura?
que força nos investe a transitória
imagem que negamos de nós mesmos
que vida permanece e continua?
In “Mediações”
Edições Contexto
Teresa Balté
(N.1942)
. Mais poesia em
. Eu li...
. Recordando... Teresa Balt...