FERIDA CRÓNICA DO AMOR
Que dói ao deixar de existir
Como quem tenta resistir,
Ateima, ao rarear da sua existência,
Mostrando a tendência.
Ferida que se abre dia após dia
Lembrando-nos que o sentimento é dependente.
Aleija-nos, ao beijar a face rosada
Como uma dentada.
Desdém, sabor sentido
por quem sabe o que é o amor.
Amar é ganhar onde se perde,
É perder sem arrependimento,
É incendiar a face pálida na hora da despedida.
In "A Essência do Amor"
Obra Colectiva de Poesia - Vol. 3
Edições Vieira da Silva
Diana Guerra
(N.1989)
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