LILASES
E das ramagens do meu ser,
Libertam-se gotas de sonhos
Banhadas pelo perfume dos lilases
Agora, soltos em flores atemporais.
Do meu corpo eclodem rebentos floridos
Que se soltam de mim
E sobem, lentamente, na leveza da alma
Pousando na candura dos dias felizes.
Olho-me ao longe...
Reconheço cada fragmento, cada cor
Cada recanto, que agora procura paz.
O corpo jaz no restolho dos sonhos...
Com asas de pássaro, esvoaço para longe
Agora, sem mais voltar.
In “O Eco do Silêncio”
Cecília Vilas Boas
INQUIETUDE
Ouço-te silêncio.
Diz-me o que sinto
O que anseio
O que me sufoca!
Esta inquietude permanente
Sem razão aparente de ser
O vazio profundo
Do querer e não querer.
Estou aqui
Vou, não sei onde
De onde venho, não recordo!
Nas horas aladas do desencontro
Fecho as pálpebras da vida
Perfumo de tomilho a alma
E parto, nas pétalas dos lírios brancos.
In "O Eco do Silêncio"
Esfera do Caos Editores
Cecília Vilas Boas
SER FELIZ
Permaneço além de mim, muito além
Num sítio onde a felicidade sorri
Onde os dias são feitos de espuma
Onde a bruma se dissipou enfim
Sou asa, neste caminho de além
Que paz tem este azul da manhã!
Que sonho é este d’onde não acordo?
Que chama arde em mim…?!
Vivo? Sonho? O que é de mim?!
Começo? Fim? O que tenho em mim?
Encantamento, vejo olhos brilhantes
Ou será o meu contentamento?
Já não sei se sou mar ou sol
Mas sei que sou feliz!
In “O Tempo da Alma”
Chiado Editora
Cecília Vilas Boas
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