FESTEJAR NO TEU CORPO A LIBERDADE
Festejar no teu corpo a liberdade
que a dobra desta noite pronuncia
sobre o nervo da voz foça de alarme
garganta milimétrica de abril
um cravo da coronha de um soldado
no campo há meia hora ainda em sentido
para o gesto tão fundo tão volável
infância já da luz dentro do sismo
jornais não censurados no tapete
uma fábula fértil de fogueiras
crepitando onde rola o som da estampa
interior ao rumo à labareda
o desenho final do nosso beijo
na premissa mais livre do meu sangue
(Abril 1974)
In “Só de Amor”
Edições Ática
Olga Gonçalves
(1929-2004)
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