VOLTO
Volto.
Deixaram a casa, as flores
e está seco o velho tanque
de nenúfares.
Envolvo nos meus braços
um grito cansado que percorre
os lugares onde me sinto mais dentro
de mim.
Pássaros irrequietos
não esqueceram os seus ninhos.
Pelo amor nidificava outra
e outra vez.
Quero partir de mim como um vento
sem retorno.
Mas...
é março e o tempo não explica:
arranho deveras o tronco deste corpo.
De pé, cúmplice com as árvores,
é tempo de ficar.
In “Rio De Doze Águas”
Coisas de Ler Editora
Lília Tavares
(N.1961)
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