Ó TU, QUE VENS DO FUNDO DA NOITE!
Quis gritar
e o grito morreu numa floresta de sonho.
Quis cantar
e a voz ficou-se no espaço
onde um pássaro voava
(não era azul, nem cinzento, nem verde)
era da cor do pensamento
que é mais vasto do que o espaço,
que é mais vasto do que tudo.
Quis chorar
e nas montanhas
das pedras nasceram homens, dos homens nasceram uivos...
e sem gritos, sem Cantos, sem choros
eu encontrei-te, o tu,
que vens do fundo da noite...
In “Poemas da Hora Presente”
Lília da Fonseca
(1916-1991)
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