SENSAÇÕES DESCONHECIDAS
Há tanta sensação que não conheço,
tanto vibrar de nervos que não sinto;
e, contudo, parece que os pressinto,
apesar de ver bem que os desconheço.
A sensação que tem, à noite, o ar,
Quando o orvalho o toca, em beijos de água
é, porventura, irmã daquela mágoa
que sente, quando chora, o meu olhar?!
Tem, porventura, alguma semelhança
a sensação de um cravo numa trança
com a ânsia de quem morre afogado?
E fico-me a pensar: que sentirá
uma vidraça quando o Sol lhe dá
e a rasga a mão da luz, de lado a lado?...
In “A Circulatura do Quadrado”
Alguns dos Mais Belos Sonetos de Poetas cuja Mátria é a Língua Portuguesa,
Edições Unicepe 2004
João Lúcio
(1880-1918)
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