NÃO VÁS…
Não vás...
Enrola-te neste reduto escaldante
Que a longa Primavera recriou.
Abriga-te da tempestade
Que, entre um e outro adeus
Volve tsunami,
De lágrimas sorvidas
Que não podem rolar!
Não vás...
Esse trilho é um rochedo sem chama!
Acaba num sepulcro estanque
Onde almas incautas aprisionam os sonhos!
Não vás...
Liberta-te das epidemias
Que poluem a vida!
Do viajante nocturno
A adormecer os seus monstros!
Não vás...
Habitas-me!
E em cada ausência
Demoro-me na minha infinidade.
Não vás...
In "Poemas"
Irene Silva
(N.1954)
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