AI COMO CUSTA ENTENDER
Porque é que a vida nos nega
Aquela total entrega
De que tanto precisamos
Porque nos nega os caminhos
E nos faz ficar sozinhos
Meu amor se nos amamos
Se não nos cabe na boca
Esta loucura tão louca
Que nos enche e nos abraça
De que nos serve viver
Se andamos a morrer
A cada instante que passa
Se o próprio corpo nos pede
Que lhe matemos a sede
No rio dos nossos beijos
Qu’importam as nossas vidas
Se somos aves perdidas
No céu dos nossos desejos
Meu amor a quem eu quero
Porque quem vivo e desespero
Tão perto e longe de ti
Ai como custa entender
E pensar que vou morrer
Sabendo que não vivi
In “Os meus fados são teus fados”
Seda Publicações
Fernando Campos de Castro
(N.1952)
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