QUE IMPORTA
Muitas vezes te esperei, perdi a conta,
longas manhãs te esperei tremendo
no patamar dos olhos. Que importa
que batam à porta, façam chegar
jornais, ou cartas, de amizade um pouco
- tanto pó sobre os móveis da tua ausência.
Se não és tu, que me importa?
Alguém bate, insiste através da madeira,
que me importa que batam à porta,
a solidão é uma espinha
insidiosamente alojada na garganta.
Um pássaro morto no jardim com neve.
In “A Musa Irregular”
Edições Asa
Fernando Assis Pacheco
1937 – 1995
. Mais poesia em
. Eu li...
. Recordando... Alexandra M...
. Recordando... Francisca d...
. Recordando... Hélia Corre...
. Recordando... Isabel Gouv...
. Recordando... Hélder Maga...
. Recordando... Irene Lisbo...
. Recordando... Joaquim Nam...
. Recordando... Joaquim Man...
. Recordando... Mário de Sá...
. Recordando... Miguel Torg...