NON POSSO EU, MEU AMIGO
- Non posso eu, meu amigo,
con vossa soidade
viver, ben vo-lo digo;
e por esto morade,
amigo, u mi possades
falar e me vejades.
Non posso u vos non vejo
viver, ben o creede,
tan muito vos desejo;
e por esto vivede,
amigo, u mi possades
falar e me vejades.
Nasci em forte ponto;
e, amigo, partide
o meu gran mal sen conto,
e por esto guaride,
amigo, u mi possades
falar e me vejades.
- Guarrei, ben o creades,
senhor, u me mandades.
(Mantém a grafia de origem)
In "Cancioneiro da Vaticana"
Dom Dinis
(1261-1325)
. Mais poesia em
. Eu li...
. Recordando... Carlos Ramo...
. Recordando... António Pin...
. Recordando... Sidónio Mur...
. Recordando... Margarida V...
. Recordando... Maria Velho...
. Recordando... Maria Irene...
. Recordando... João Rios *...