À NOITE
À noite
à ilharga do tempo
de mãos separadas
olhamos as estrelas.
Perdeste o isqueiro
e estás perturbada.
Tens razão:
deixaste para trás
um qualquer pertence
da realidade.
Hesitas se hás-de regressar
ao seu encontro
mas talvez te percas
exactamente aí
ao regressares.
Olha melhor as estrelas
é noite
e estamos à ilharga do tempo.
In “Dióspiro”
Poesia Reunida de 1977-2007
Quási Edições – 2007
Daniel Maia-Pinto Rodrigues
N. 1960
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