TREVA LUMINOSA
Ó minha quási Mãe, é neste instante
que parte para a vida o meu livrinho;
vai pela mão, vai confiante,
não tem mêdo ao caminho.
E eu beijo, fervorosa,
a doce mão que, sendo pequenina,
é forte e gloriosa;
e ajoelho ante a alma peregrina
que, em dor crucificada, em dor suprema,
da sua própria treva ainda ilumina,
com palavras de luz, o meu poema;
e, assim, ó alma grande e generosa,
alma egrégia e divina,
a tua treva é… treva luminosa.
In “Trevas Luminosas”
Portugália Editora - 1919
Cândida Ayres de Magalhães
(1875-1964)
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