VIOLA CHINESA
Ao longo da viola morosa
Vai adormecendo a parlenda
Sem que, amadornado, eu atenda
A lenga-lenga fastidiosa.
Sem que o meu coração se prenda,
Enquanto, nasal, minuciosa,
Ao longo da viola morosa,
Vai adormecendo a parlenda.
Mas que cicatriz melindrosa
Há nele, que essa viola ofenda
E faz que as asitas distenda
Numa agitação dolorosa?
Ao longo da viola, morosa…
Clepsidra
In ”Ler Por Gosto”
Areal Editores
Camilo Pessanha
(1867-1926)
. Mais poesia em
. Eu li...
. Recordando... Natália Cor...
. Recordando... Nicolau Tol...
. Recordando... Reinaldo Fe...
. Recordando... Rosa Alice ...
. Recordando... Rosa Lobato...
. Recordando... Sophia de M...
. Recordando... Fernando Ec...
. Recordando... Hélia Corre...
. Recordando... Edmundo Bet...