DENTRO DE MIM CAI A PEDRA
Dentro de mim cai a pedra
Que me arrasta para o fundo.
As pistolas inundadas
Deste amor de que me inundo
Só me pesam. Punhais de aço
O que podem contra água?
De tudo quanto era garra
Me desentrego e desfaço.
Ficam-me os olhos no espaço
E o coração por guitarra.
In “ÁRVORE ”
Folhas de Poesia
Direcção e Edição de António Luís Moita, António Ramos Rosa, José Terra, Luís Amaro, Raul de Carvalho
1.º Fascículo - Outono de 1951
Pág. 15
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