NELA CELEBRO O ÊXTASE DA TERRA
Nela celebro o êxtase da terra
o luminoso nascimento do mundo
da carne a esplêndida Primavera
quando tudo é vida e desejo fundo
Nela celebro a beleza do dia
um rio de seiva e sangue fecundo
Nela celebro da selva a luxúria
quando tudo é sede e prazer jucundo
Ela é um fruto de carne da terra
um canto azul no princípio de tudo
Eu sou apenas a sombra que cerra
o último crepúsculo quedo e mudo
Sem a chamar aos pés ponho de sua casa
de uma palavra o silêncio em brasa
In “Estâncias Reunidas” (1977-2002)
Edições Quasi
António Cândido Franco
(N.1956)
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