Ó SAUDADE DAS TREVAS
Ó Saudade das trevas
que hoje são luz.
Ó Saudade do silêncio
que é hoje canto.
Ó Saudade de nada
que é hoje tudo.
Ó Saudade da criança
que eu hoje sou.
Canto
porque fiquei em silêncio.
Vejo
já que na escuridão me perdi.
Sou
porque sei.
Cresci
já que parei.
E tudo é assim
para que
sem remédio
as trevas
o silêncio e o nada
sejam dentro de mim.
In “Estâncias Reunidas” (1977-2002)
Edições Quasi
António Cândido Franco
(N. 1956)
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