MARCAS, OLHANDO OS DEDOS NÚS
Heráldicas safiras, que vos fiz?
Esmeraldas d’esperança, onde vos puz?
De astrais brilhantes, que é da casta luz?
E onde sangrais, meus bélicos rubís?
Perdi-vos para sempre! A sorte o quiz!
Choram por vós meus pobres dedos nús…
Como um vitral precioso nos seduz
De Laura o lacteo corpo onde fulgiz!
Tudo o que eu tinha, Amor, tudo te dei,
Sou pobre como Job e como um Rei
Fui pródigo de Bens e d’Honrarias!...
Hoje… - ai de mim!... Quizera reaver
Meu coração, que tu levaste, a arder,
Por entre coruscantes pedrarias!
Agosto de 1920
(Do livro inédito: Alguns Sonetos)
Mantém a grafia original
In “Alma Nova” – Publicação Mensal
IIIª Série – Maio/Junho de 1922 – Nº 2
Editora – Empresa de Publicidade “Ressurgimento”
Alfredo Vítor de Salema Vaz
(1893 -1939)
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