SONETO JÁ ANTIGO
Olha, Daisy, quando eu morrer tu hás-de
dizer aos meus amigos aí de Londres,
embora não o sintas, tu escondes
a grande dor da minha morte. Irás de
Londres p’ra Iorque, onde nasceste (dizes…
que eu nada que tu digas acredito),
contar àquele pobre rapazito
que me deu tantas horas tão felizes,
embora não o saibas, que morri.
mesmo ele, a quem eu tanto julguei amar,
nada se importará… Depois vai dar
a notícia a essa estranha Cecily
que acreditava que eu seria grande...
Raios partam a vida e quem lá ande!
Poesias de Álvaro Campos
In “Fernando Pessoa – Antologia Poética” – 3ª. Edição
Biblioteca Ulisses de Autores Portugueses
Editora Ulisses
Álvaro de Campos/Fernando Pessoa
1890 – 1935
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