UMA ROSA
Uma rosa aérea expande-se vector de luz,
A Terra ascende noutro lugar infinitamente,
As palavras numa transumância até um silvo único,
Um sentido amado pela prata do diafragma, refluindo
o tempo todo como os receosos animais
enterram as hastes na lua.
Ou como alguém entra pelo terror
com os brandos instrumentos da paixão.
As mãos inteiras com que olho os translúcidos arcos,
a demora do corpo, ouro de ouro
sobre todas as coisas ignescentes.
Abraço-te como cegam
os desertores violinos
nas ogivas de água.
In “Exercício do Olhar”
Editora Vega
Maria Cravidão
N. 1945
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