À MEMÓRIA DE MINHA MÃE
Morreste, minha Mãe, Deus quis assim
Pôr fim à tua dor e sofrimento!...
A vida te foi dura e bem ruim,
Mas terminou, enfim, o teu tormento!...
Sei que bem longe agora, estás de mim,
E que apenas nos une o pensamento!...
Sem ti, ó minha Mãe, em dor sem fim,
Sou mais pobre, a partir deste momento!...
Não torno mais a ler-te os versos meus,
Nem a enxugar o pranto aos olhos teus,
Nem minha dor, ó Mãe, jamais te inquieta!...
Deus te compense e dê paz lá no Céu,
Porque foi no teu ventre que nasceu
Um filho, que Deus quis fosse Poeta!...
In “Esta Cidade Que Eu Amo” – Porto – 1985
Edição do Grupo de Acção Recreativa
e Cultural Semente Nova (GARC)
Castro Reis
1918 – 2007
. Mais poesia em
. Eu li...
. Recordando... Carlos Ramo...
. Recordando... António Pin...
. Recordando... Sidónio Mur...
. Recordando... Margarida V...
. Recordando... Maria Velho...
. Recordando... Maria Irene...
. Recordando... João Rios *...