E ALEGRE SE FEZ TRISTE
Aquela clara madrugada que
Viu lágrimas correrem do teu rosto
E alegre se fez triste como se
Chovesse de repente em pleno Agosto.
Ela só viu meus dedos nos teus dedos
Meu nome no teu nome. E demorados
Viu nossos olhos juntos nos segredos
Que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
Por onde um automóvel se afastava.
E viu que a Pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer-me adeus: essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada.
In "O Canto e as Armas"
Manuel Alegre
N. 1936
. Mais poesia em
. Eu li...
. Recordando... Fernando As...
. Recordando... Carlos Camp...
. Recordando... Ivone Chini...
. Recordando... Edmundo de ...
. Recordando... Branquinho ...
. Recordando... Carlos Ramo...
. Recordando... António Pin...
. Recordando... Sidónio Mur...