A UMA OPERÁRIA JOVEM
Como a árvore que pode
dar apenas seu fruto,
floresces. E sobre a terra
amplias o horizonte de tua sombra.
Na fábrica as engrenagens
multiplicam o movimento
e as polias giram como vento
em remoinho.
Na fábrica os fatos
repetem-se como as estações,
as estrelas iguais de cada noite,
o pão fresco de todas as manhãs.
Teu sangue circula como a abelha
na órbita da rosa
e, como a água dos estanques, há de voltar
à fonte.
Na fábrica
os espelhos sonham com teu riso.
In “À Margem do Tempo”
Domingos Carvalho da Silva
(1915- 2003)
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