RAÍZES
Quem me dera ter raízes
que me prendessem ao chão.
Que não me deixassem dar
um passo que fosse em vão.
Que me deixassem crescer
silencioso e erecto,
como um pinheiro de riga,
uma faia ou um abeto.
Quem me dera ter raízes,
raízes em vez de pés.
Como o lódão, o aloendro,
o ácer e o aloés.
Sentir a copa vergar,
quando passasse um tufão.
E ficar bem agarrado,
pelas raízes, ao chão.
In “Herbário”
Editora Assírio & Alvim – 1999
Jorge de Sousa Braga
N. 1957
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