SONETO IX
Arreitada donzela em fofo leito,
Deixando erguer a virginal camisa,
Sobre as roliças coxas se divisa
Entre sombras subtis pachacho estreito;
De louro pêlo um círculo imperfeito
Os papudos beicinhos lhe matiza;
E a branda crica, nacarada e lisa,
Em pingos verte alvo licor desfeito:
A voraz porra as guelras encrespando
Arruma a focinheira, e entre gemidos
A moça treme, os olhos requebrados:
Como é linda boçal, perde os sentidos:
Porém vai com tal ânsia trabalhando,
Que os homens é que vêm a ser fodidos.
In “Poesias, eróticas, burlescas e satíricas”
Colecção Clássicos do Erotismo
Editora Escriba – 1969
Manuel Maria de Barbosa du Bocage
1765 – 1805
. Mais poesia em
. Eu li...
. Recordando... Ricardo Gil...
. Recordando... Saúl Dias *...
. Recordando... Rui Miguel ...
. Recordando... Rui Pires C...
. Recordando... Sebastião d...
. Recordando... Augusto Mol...
. Recordando... Egito Gonça...
. Recordando... António Ram...
. Recordando... Maria Auror...