VOZES IMPERCEPTÍVEIS
Não vos percebo, tal é a confusão
sonora em que vos ondulais.
Proferis sentimentos ritmados,
histórias enquadradas numa vida,
segredos por vós tantas vezes ocultados.
Sois vozes discretas, vozes vazias
pelo pôr do sol que ficou esquecido.
Silêncio... quase não vos ouço!
Preciso decifrar vossos ecos,
lisonjear-me por vos poder escutar,
ouvir as histórias que já não percebo,
na ânsia de as poder desmistificar.
Oh, vozes com várias tonalidades...
Umas repassadas de euforias, alegrias,
outras mais desventuradas,
vozes vazias de sonoridades
que formam o eco de tantas vidas
perdidas no antro de suas ansiedades.
In “Triângulos Poéticos I”
1ª. Edição – Abril de 2008
artEscrita Editora
Deolinda Reis
N. 1964
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