ARREBANHAI O RISO E FAZEI TROÇA
Arrebanhai o riso e fazei troça
da nova situação que não é nova.
Poupai tempo fazendo vista grossa,
utilizando um pau e uma ova
Tranquilos, nem o cão nem a manada.
Embebeda-se o galo na janela
espichando o azul da madrugada
com medo ao facalhão e à panela.
Gemendo de prazer na bebedeira
o capão arremete à capoeira
e põe a galinhagem de esperanças.
Que Deus o abençoe, meu caro amigo,
mas tire-me esse galo do postigo
que não dá bons exemplos às crianças.
In “Sonetos Perversos”
Litexa Portugal
Joaquim Pessoa
N. 1948
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