TRIBUTO EM AIS NO CORAÇÃO GERADOS
Tributo em ais, no coração gerados
Não dês à cara cinza, aflito Espôso;
Roçam da Vida o circulo afanoso
Caminhos florescentes, e estrelados.
Espiritos gentis, por Jove amados,
Volvendo a seu princípio luminoso,
Olham Sol não crestante, e mais formoso,
Vagueiam sem temor por entre os Fados.
Com alta fantasia, e rosto enxuto,
Vê nos Eliseos a imortal consorte.
Vê da Virtude a flor tornar-se em fruto.
Doce, augusta verdade Amor conforte;
Em vós, ó ímpios, a existência é luto,
E nos eleitos um sorriso a Morte.
In "Clássicos Portugueses – Trechos Escolhidos”
Século XVIII – Poesia – Bocage – Sonetos
Introdução, selecção e notas de Vitorino Nemésio
Liv. Clássica Editora – Lisboa – 1943
Manuel Maria de Barbosa du Bocage
1765 – 1805
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