LIBERDADE
Quem marca uma fronteira
àquela nuvem
a asa que é a sua sombra
onde mora?
Sob as mordaças
calam-se as palavras
mas ninguém te cala
pensamento.
Quem manda à semente
não germines
ao fruto dela
que o não seja?
Amarram-se os pulsos
com algemas
mas ninguém te amarra
pensamento.
Quem impõe ao dia
que não nasça
ao sol que é a sua fonte
que não brilhe?
Fecham-se as janelas
com tapumes
mas ninguém te cega
pensamento.
Quem diz ao amor
é impossível
à lembrança que é seu laço
que o não seja?
Separam-se os amantes
na distância
ninguém te roubará
meu pensamento.
In “A Poesia Necessária”
Vértice – Coimbra
Joaquim Namorado
1914 – 1986
. Mais poesia em
. Eu li...
. Recordando... Florbela Es...
. Recordando... Maria Teres...
. Recordando... David Mourã...
. Recordando... Carlos Mari...
. Recordando... Adolfo Casa...
. Recordando... Artur do Cr...
. Recordando... Domingos Ca...
. Recordando... Cecília Vil...
. Recordando... Alice Vieir...