BIBLIOTECA
Abre-se a arca dos sonhos
sob os dedos que viram a página
brancos leves divinos
de fantasia
Abre-se o livro e saltam histórias
memórias
palavras de oiro
corações em música
baladas de amor ao encontro dos lábios
os sonhos povoam os livros
que as mãos das crianças devoram
na biblioteca. E são os Pinóquios
Mosqueteiros, Fadas Madrinhas
Bruxas Más, Principezinhos
Como são Tom Sawyer, Sandokan
ou Robinson Crusoe de todas as infâncias
E as asas voam sem limites
a riscar o infinito.
São lombadas e lombadas
de saber universal, olhos que procuram
ansiosos romances poemas filosofia
como quem busca a geometria
rumorosa da plenitude
Horas perdidas, horas ganhas
no horizonte amigo do Verbo
entre o azul do céu
e a sinfonia quente do livro
1997
In “Poetas & Trovadores”
Ano XVlll – 3ª edição – n.º 1 – Abril de 1998
Artur F. Coimbra
N. 1956
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