AMIGO! AMIGO!
Lembras-te do jardim irreal e triste?
Do lago onde boiavam peixes de jade?
Existe ainda esse jardim irreal e triste?
Para voltar sempre parece tarde.
Dormias como um deus sobre anémonas brancas
Corno eras tão jovem, tão simples, tão claro!
Teu rosto e tuas mãos eram anémonas brancas.
Só a memória guarda o teu retrato.
Que fizemos do nosso único momento?
Do grande? do verdadeiro, do exacto?
Agora o que há entre nós não tem momento;
Está fora do tempo e do espaço.
In “As Folhas de Poesia Távola Redonda"
Fundação Calouste Gulbenkian
Boletim Cultural – Série VI – n.º 11 – Outubro.1988
Maria Manuela Couto Viana
1919 – 1983
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